segunda-feira, 19 de maio de 2008

Progama Escola de Gestores

Progama Escola de Gestores
A secretaria da rede municipal de Guarulhos participa do Programa Escola de Gestores. O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica integra um conjunto de ações voltadas à formação de gestores escolares. O Programa Nacional Escola de Gestores foi implementado, em caráter experimental, em 2005 e até hoje concorre para a formação continuada de professores.
O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica é um conjunto de políticas que vêm sendo implementadas em regime de colaboração pelos sistemas de ensino, e que expressam o esforço de governos e da sociedade em garantir o direito da população brasileira à educação escolar com qualidade social. A escola de gestores foi criada com o objetivo de aumentar o Ideb – índice de Desenvolvimento da Educação Básica. O curso aborda temas como o direito á educação, inclusão social e emancipação humana.

Orgãos envolvidos
Aguns orgão envolvidos no municipio de Guarulhos são: Escolas da rede Municipal, Secretaria de Educação, Gestores, professores da rede Municipal, dentre outros.

Tipo de Parcerias
As políticas voltadas para a articulação, desenvolvimento e fortalecimento dos sistemas de ensino e das escolas vêm sendo produzidas e implementadas com a participação de várias instituições ligadas ao Governo Federal. No entanto, no caso de Guarulhos a instituição que se destaca é a Universidade de São Carlos (UFCAR) Em parceria com as Instituições Federais de Ensino Superior – IFES, Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. Com o curso de especialização a distancia Pró-Conselho da CAFISE/DASE/SEB/MEC, etc.

Forma de Funcionamento
O curso é dirigido aos profissionais que integram a equipe gestora da escola: Diretor e Vice-Diretor, totalizando, no máximo, dois participantes por escola. Gestores das Escolas Públicas de Educação Básica e a sua proposta pedagógica, assentada na relação teoria-prática, expressam uma concepção de formação humana e de gestão educacional dentro dos marcos da democracia e da cidadania. Este é um Curso de especialização, por meio da EAD, Ou seja, ensino a distancia não presencial, porem integrado a um conjunto de ações formativas. Enfim, este curso formará gestores e professores de escolas públicas da Educação Básica.

Duração do Projeto
Não há como estabelecer prazo definitivo, pois Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº9. 394/96), em alguns de seus artigos específicos, estabelece o propósito de formação continuada de professores.Com isso o artigo 87, inciso III, das Disposições Transitórias, prevê que os municípios, e supletivamente o Estado e a União, deverão “realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância”. Percebe-se que a LDB referenda a formação continuada, articulada com a EAD, sempre que necessária.
No tocante a duração do Curso em sala de aula para Gestores, será de no mínimo 400 h/a. Este primeiro curso terá previsão de integralização mínima de 12 meses e máxima de 18 meses, observando o regime acadêmico de cada IFES participante. A projeção 2007-2010 é a formação de 174.400 gestores escolares em cursos de pós-graduação (400h) e atualização (180h).

Profissionais envolvidos
A proposta de formação destina-se aos profissionais que integram a equipe gestora da escola: Diretor e Vice-Diretor, totalizando, no máximo, dois participantes por escola.

Como a Escola esta envolvida no Projeto
A escola entra no programa e alguns profissionais que são selecionados para participar do Programa Escola de Gestores. Ou seja, Tendo por base requisitos mínimos estabelecidos, cada universidade que oferece o curso realizará o processo seletivo para o ingresso no Curso de Especialização.

Tipo de Atividade que são Realizada
Considerando os pressupostos, os objetivos, a natureza e a dinamicidade da proposta pedagógica do Curso, as atividades desenvolvidas pelos alunos do curso serão acompanhadas e avaliadas de modo contínuo pelos professores orientadores, especialistas, assistentes e coordenação. Essa equipe manter-se-á em constante interação visando à troca de informações, à apreciação conjunta das dificuldades e à busca de soluções relacionadas às dificuldades de cada componente curricular.

Conclusão
É certo que a gestão escolar realmente constitui uma dimensão importantíssima na educação como um todo.Para isso é importante que o gestor se aplique na busca do conhecimento. A oferta de curso de Formarção de Gestores exige um esforço do governos e da sociedade para garantir o direito da população brasileira à educação escolar com qualidade social.Na verdade, a verdadeira missão do MEC é estimular o aperfeiçoamento da gestão nos sistemas estaduais e municipais de ensino e subsidiar o processo de apoio financeiro a programas e projetos educacionais a serem executados por instituições governamentais e não-governamentais.

Vale apena lembra que este Progama é constituido pela sistema EAD (Educação á Distancia) Considerando-se as diversidades que constituem a modalidade educacional em nosso país, a Educação à Distância (EAD) tem se apresentado como a modalidade que pode contribuir substantivamente para mudar o quadro de formação e solidificação dos profissionais da educação, e, nesse caso, específico dos dirigentes escolares.
O Programa Escola de Gestores da Educação Básica vai contribuir com a redução das desigualdades sociais e dará início a uma experiência que pode ser fundamental para a revolução qualitativa da educação.
Não resta duvida de que o projeto é eficiente, mas nem por isso este progama não abrigue contradições ou paradoxo, pois se o assim o fosse seria perfeito. Portanto, oque é legal e o que é real neste projeto é o fato de haver contradicoes e desafios

Neste Contexto, a contradição seria o programa do MEC não atentar para o fato de que a formação continuada por si só não leva o professor ou gestores a uma prática reflexiva e autônoma, visto que essa formação nem sempre é orientada por uma política voltada para a formação de um profissional crítico e compromissado com a tarefa de agente transformador da sociedade.

Em outras palavras, cabe ao gestores ser autônomos.Ou seja, ser autônomo é de fato ser dono de si. Ser autônomo é responsabilizar-se por seus atos. Ser autônomo é realizar seus deveres e exercer seus direitos. Ser autônomo é pensar por si só, mas sem perder de vista o próximo, o diálogo, as suas responsabilidades sociais.
É verdade que a linguagem é feita de símbolos, mas os símbolos são, em certo sentido, o que há de mais real nas coisas, visto que lhes formulam as razões de existência (Wallon, 1979, p.199).


INTRODUÇÃO
Este trabalho aborda as questões relacionadas com comunicação e linguagem, segundo Vygotsky e Piaget com base na leitura do texto da apostila, bem como tudo que foi visto e descutido em sala de aula. Ou seja, este trabalho aborda a concepção de Piaget sobre o desenvolvimento da linguagem na criança, bem como o de seu papel na aprendizagem. Enfim, aborda questões relacionadas com o desenvolvimento humano e a organização funcional do cérebro, de acordo com as contribuições de Luria e de Vygotsky.


DESENVOLVIMENTO
Quando, por volta dos dois anos de idade, uma criança começa a fala, as pessoas á sua volta não se dão conta de que algo fantástico está acontecendo. Em geral, os adultos ficam fascinados com os esforços que as crianças fazem para nomear algo presente em seu ambiente - um objeto, um animal, uma pessoa ou mesmo uma idéia, divertindo-se com as trocas e confusões que inevitavelmente ocorrem. Passa, no entanto, despercebido um fator fundamental, que se refere, justamente, ao impacto que a aquisição da linguagem tem sobre a vida da criança e daqueles que interagem com ela.
Cabe então perguntar: Por que a linguagem é tão importante? Qual é o seu papel no desenvolvimento infantil? Pode-se, de um lado, afirmar que a linguagem é fator de interação social?
É ela que permite a comunicação entre o indivíduos, a troca de informações e de experiências. Neste sentido, a linguagem é, sem dúvida, um fenômeno que diferencia os homens dos animais. A linguagem é atividade essecial do conhecimento do mundo do ponto de vista da aquisição. É o espaço em que a criança se constitui como sujeito e em que os objetos do mundo físico serão percebidos por elas, os papéis das palavras e as categorias lingüísticas não existem inicialmente, mas se instauram através da experiência ao longo do desenvolvimento infantil. A evolução da linguagem começa nas primeiras semanas de vida, ou seja, através do afeto, das intenções, dos sons articulados, da alimentação, ela se torna objeto de aprendizagem, portanto, crianças que não são estimuladas em suas atividades diárias, suas brincadeiras, escassez de respostas às suas perguntas, privação de experiências, poderão futuramente ter problemas relativo à expressão verbal.
Luria, neuropsicólogo russo, publica em 1987, que a palavra “não é somente um meio de substituição das coisas”, ou seja, não serve apenas para nomear os objectos, é, sim “a célula do pensamento”.Contudo, Luria observa que a referência exacta da palavra, por mais simples que pareça à primeira vista, é o produto de um longo desenvolvimento. De facto, ao acompanharmos o desenvolvimento da criança, torna-se fácil constatarmos que as palavras amadurecem em significado, paralelamente ao amadurecimento da criança. Linguagem e cognição crescem juntas, interdependentemente. A linguagem serve de substrato para melhor compreensão do mundo e a melhor compreensão do mundo traz novos instrumentos de apoio para o desenvolvimento linguístico.
Para Piaget a linguagem é uma função cognitiva semiótica, que emerge como fruto de uma evolução que se inicia num período sensório-motor, num processo que, de forma continuada, supõe dois pólos formadores de esquemas: o da acomodação e o da assimilação. Pelos esquemas do jogo e da imitação,a questão da linguagem ganha corpo.Isto é, o jogo primado da assimilação, garante a construção de um conhecimento sobre o mundo e a imitação, primado da acomodação, garante a aprendizagem da fala. Num certo momento, jogo e imitação se integram em equilíbrio permanente, formando o conjunto das adaptações inatuais, em contraste com a inteligência em ato ou em trabalho.
Já a fala, nesse aspecto, tem uma emergência ligeiramente posterior, uma vez que o conhecimento deve estar minimamente elaborado para que a linguagem possa representa-lo, o que a faz surgir apenas no final do período sensório-motor, já no desenvolvimento de condutas cognitivas do tipo semióticas, em que há um desligamento da inteligência essencialmente empírica e um movimento em direção a operações de combinação mental, estrutura do trabalho dito simbólico. Além disso, ela surge por imitação, num processo que lembra muito as situações de aprendizagem, o que reafirma um certo traço teleológico nessa questão, ainda que a teoria piagentiana insista numa continuidade funcional entre o sensório-motor e o representativo, continuidade esta que orienta a constituição das sucessivas estruturas. Para concluir, ao tratar da linguagem, postula que essa aparece no individuo apenas apartir de um estagio do desenvolvimento cognitivo,ou seja , a linguagem alem, de “espera” que uma etapa cognitiva se desenvolva para que o indivíduo possa começar a manifestar processo de “assimilação” ligados a aquisição da lingua.
Para Vygotsky o ser humano se caracteriza por uma sociabilidade primária. Henri Wallon expressa a mesma idéia de modo mais categórico: "Ele (o indivíduo) é geneticamente social". (Wallon, 1959)
Segundo Vygotsky, o sujeito não é um reflexo passivo do meio nem um espírito anterior ao contato com as coisas e pessoas.Pelo contrário, é um resultado da relação.E a consciência não é, digamos, um manancial que origina signos, mas um resultado dos própios signos.As fuções superiores não são apenas um requisito de comunicação, mas o resultado da própia comunicação.Vygotsky atribuía o status de ferramenta psicológica, por analogia com as ferramentas físicas, aos sistemas de signos, particularmente a linguagem.
Para ele a linguagem ocupa lugar de destaque como meio de a sociedade influenciar, e mesmo determinar, a constituição do indivíduo.Linguagem é toda forma de comunicação, me maneira que o pensamento ou a emoção de um é captado e compreendido por outro, (fala escrita, musica,cinema, escultura etc.)
Para Vygotsky a aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores: ela dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação. Neste sentido, a linguagem sistematiza a experiência direta dos sujeitos e, por isso, adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento. As concepções de Vygotsky sobre o processo de formação de conceitos remetem às relações entre pensamento e linguagem, à questão cultural no processo de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente daqueles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura.

CONCLUSÃO
Assim, para finalizar, o que se percebe ao analisar o que foi dito é que as diferenças entre Piaget e Vygotsky parecem ser muitas, mas eles partilham de pontos de vista semelhantes. Ou seja, ambos pensadores entenderam o conhecimento como adaptação e como construção individual e concordaram que a aprendizagem e o desenvolvimento são auto-regulados. Discordaram quanto ao processo de construção. Todavia, ambos viram o desenvolvimento e aprendizagem da criança como participativa, não ocorrendo de maneira automática. Estavam preocupados com o desenvolvimento intelectual, porém cada um começou e perseguiu por diferentes caminhos. Enquanto Piaget estava interessado em como o conhecimento é construído, Vygotsy ao contrario estava interessado na questão de como os fatores sociais e culturais influenciam o desenvolvimento intelectual.

Em relação a linguagem, Piaget considerou a linguagem como facilitadora, mas não como necessária ao desenvolvimento intelectual. Ou seja, Piaget considerou a linguagem falada como manifestação da função simbólica, quando o indivíduo emprega a capacidade de empregar símbolos para representar, o que reflete o desenvolvimento intelectual, mas não o produz. Já Vygotsky trata a aquisição da linguagem do meio social como o resultado entre raciocínio e pensamento em nível intelectual.
Para Piaget, a linguagem reflete, mas não produz inteligência. Ainda para Piaget o pensamento organiza a linguagem; Já para Vygotsky, a linguagem é quem organiza o pensamento. Vygotsky atribui importância a linguagem, pois além da função comunicativa, ela é essencial no processo de transição do interpessoal em intramental; na formação do pensamento e da consciência; na organização e planejamento da ação; na regulação do comportamento e, em todas as demais funções psíquicas superiores do sujeito, como vontade, memória e atenção. Se percebe como isso e que eles a usam com concepções bem diferentes, justamente porque o Vygotsky está trabalhando as coisas de fora para dentro Já Piaget esta trabalhando de dentro para fora. A interação e a linguagem têm um importante destaque no pensamento de Vygotsky, uma vez que irão contribuir no desenvolvimento dos processos psicológicos, através da ação. Porém Vygotsky ressalta que Piaget não percebeu a característica mais importante da fala egocêntrica Portanto, para o Piaget existe fala egocêntrica, mas ela é um indicador de que o desenvolvimento está saindo de dentrodo sujeito e indo para fora. E no Vygotsky é exatamente o oposto. Ou seja, Vygotsky atribui esse papel de mediador pela linguagem que desenvolve também outras funções psíquicas no sujeito. Para Piaget a aprendizagem depende do real desenvolvimento. Enfim, para Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem e para Vygotsky, o pensamento e a linguagem são processos diferentes e se tornam interdependentes em expressão do meio.

Referências Bibliográficas
LURIA, Alexandr Romanovich e YUDOVICH, F. I. Linguagem e desenvolvimento intelectual da criança. 2ª ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1987Piaget, J. Aprendizagem e Conhecimento. São Paulo Freitas Bastos, 1974 Piaget, J. Seis estudos de Psicologia, Rio de Janeiro Forense, 1987.Vygotsky, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo:Martins Fontes