segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Síntese:O livro "PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: saberes necessários à prática educativa",

Introdução
Não há docência sem discência
Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. A formação do educador deve ser permanente,logo não há docência sem discência. Quem ensina tambem aprende ao ensinar. Neste contexto, o educador e o educando faz parte do mesmo processo. Enfim, quando vivemos a autenticidade exigida pela pratica, participamos de uma experiencia única.
A pesquisa e a praticas são indicotomizáveis, o educador tem como tarefa primordial trabalhar a rigorosidade metodica com que deve se aproximar do objetos que conhece.Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se contrói e desenvolve a curiosidade epistemologica. Sem esta critica não se alcança o conhecimento do objeto. Ensinar, tambem exige respeito ao conhecimento da realidade social do educando porque aproveita a experiência dessa mesma realidade.Portanto,ensinar exige criticidade.Não é possível pensar os seres humanos longe,sequer,da ética,quando mais fora dela.Logo transgredir a ética é transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico. Portanto, pensar certo é fazer certo. Ensinar exige estética e ética
O professor que realmente ensina,é aquele que busca a segurança na argumentação. Ensinar exige risco,aceitação do novo e a rejeição a qualquer forma de discriminação. Ensinar exige a corporeificação das palavra pelo exemplo.A pratica docencente critica,envolve o movimento dinâmico,dialético,entre o fazer e o pensar sobre o fazer.A formação permanente do professor é o da reflexão critica sobre a pratica. Ensinar exige reflexão crítica sobre a pratica
Nenhuma formação decente verdadeira pode fazer-se alheia,de um lado,do exercicío da criatividade que implica a promoção da curiosidade ingênua á curiosidade epistemológica,e do outro,sem o reconhecimento do valor das emoçoes,da sensibilidade,da afetividade da intuição ou advinhação. Ensinar exige reconhecimento e a assunção da identidade cultural
Ensinar não é transferir conhecimento
Saber ensinar não é transferir conhecimento ,mas assumir uma postura diante dos outros e com os outros.Se a educação não pode tudo,alguma coisa fundamental a educação pode. Se a educação não é a chave das transformaçoes sociais, não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante.Somente que escuta paciente e criticamente o outro,fala com ele.É imprescindivel portanto que a escola instigue constantemente a curiosidade do educador em vez de “amaciá-la” ou “domesticá-la”.O papel da autoridade democrática não é, transformando a existência humana num “calendário” escolar “tradicional”,marca as lições de vida para as liberdades,mas mesmo quando tem um conteúdo progamático a propor,deixarclaro,com o seu testemunho,que o fundamental no aprendizado do conteúdo é a construçao da respossabilidade da liberdade que se assume
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia : saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.

Texto disertativo: Ensinar exige comprementimento do Educador

José Erivaldo F. Silva



O presente texto discute e analisa, com base na obra de Paulo Freire, o comprometimento de professores face às diferentes necessidades dos alunos, ou seja,enquanto presença o professor não pode ser uma omissão,mas um sujeito de opção. Enfim o presente texto,discute considerações a respeito do significado e da capacidade de analise do professor ,de comparar,de avaliar,de decidir de optar e de romper.



Introdução


Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia chama a ateção para o comprometimento do professor com a pratica educativa.A capacidade de fazer justiça,ou seja, está verdadeiramente comprometido com a verdade. Por isso o ato de educar é sempre um ato de compromisso e aproximação com o aluno. Ou seja, ensinar exige comprometimento.
Nessa perspectiva,diz Paulo Freire: “não é possivel exercer a atividade do magistério como se nada ocorresse conosco” ( Freire, 1996,p.108). Simplesmente não há como fugir de decisões éticas, desde a escolha de conteúdos até o método a ser utilizado ou a forma de relacionamento com os alunos.Nese contexto, as palavras de Paulo Freire são esclarecedoras:
“Não posso ser professor sem me pôr diante do aluno,sem revelar com facilidade ou relutancia minha maneira de ser de pensar politicamente”

Paulo Freire,contudo, chama a atenção para um dos aspecto fundamental. O educador não pode escapar á apreciação do aluno,visto que a maneira como o aluno percebe, tem uma importância capital para o desenpenho do professor.
“Saber que não posso passar despercebido pelo alunos,e que a maneira como me percebam me ajuda ou desajuda no cumprimento de minha tarefa de professor, aumenta em mim os cudados com o meu desempenho”, (Freire , 1996, p.109).Contudo, reafirma ainda a necessidade de não discriminar o aluno,visto que a pecepção que o aluno tem do professor não resulta exclusivamente de como o professor atua,mas como os alunos os entende.
Partindo deste pressuposto,uma das grande preocupação do educador deve ser o seu discurso. O diálogo, como diz o autor, é imprescindível nesta luta por uma educação verdadeira, é um compromisso com o outro, e implica o reconhecimento do outro, e é ele que permite ao educador e educando mostrar-se autenticamente mais transparente mais crítico, cada um defendendo seu ponto de vista, e apresentando outras possibilidades, outras opções, enquanto ensina e/ou enquanto aprende. Em outras palavras, o diálogo é uma relação horizontal.segundo Freire nutre-se de amor, humildade, esperança, fé e confiança. O diálogo é, portanto, uma exigência existencial, que possibilita a comunicação e permite ultrapassar o conhecimento adquirido, vivido. Corroborando com essa afirmação, Paulo Freire, realça a idéia de que:

Quanto mais solidariedade exista entre educador e educando no trato deste espaço,tanto mais possibilidade de aprendizadogem democrática se abrem na escola” (Freire, 1996,p.109) Nesse ponto Paulo Freire chama de reacinário ,o espaço pedagogico,neutro por excelencia em que se “treinaram” os alunos para a prática apolíticas,como se a maneira humana de estar no mundo fosse ou pudese ser uma maneira neutra. O professor que desrespeita a curiosidade do educando, seu gosto estético, sua linguagem, sua sintaxe e prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza entre outras ofensas em prol da ordem em sala de aula, transgride os princípios fundamentais éticos de nossa existência e esta transgressão jamais poderá ser vista ou entendida como virtude, mas como ruptura com a decência. Portanto, diz Freire, Minha capacidade de fazer justiça,de não falhar à verdade. Enfim,conclui ele: ético,por isso mesmo,tem que ser o meu testemunho.


Conclusão

Pedagogia da autonomia é uma obra que condensa os saberes necessários e indispensáveis à uma prática educativa coerente com os padrões éticos que regem a sociedade. Enfim, o grande sonho de Paulo Freire,era o de uma educação aberta, democrática, que estimulasse nos alunos o gosto da pergunta, a paixão do saber, da curiosidade, a alegria de criar e o prazer do risco, para possibilitar, então, a criação. Sem dúvidas, isto exige imaginação; mas, acima de tudo, garra, coragem e ousadia



Bibliografia:

Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

Pedagogia da Autonomia: SÍNTESE

Introdução
Não há docência sem discência
Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. A formação do educador deve ser permanente,logo não há docência sem discência. Quem ensina tambem aprende ao ensinar. Neste contexto, o educador e o educando faz parte do mesmo processo. Enfim, quando vivemos a autenticidade exigida pela pratica, participamos de uma experiencia única.
A pesquisa e a praticas são indicotomizáveis, o educador tem como tarefa primordial trabalhar a rigorosidade metodica com que deve se aproximar do objetos que conhece.Quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se contrói e desenvolve a curiosidade epistemologica. Sem esta critica não se alcança o conhecimento do objeto. Ensinar, tambem exige respeito ao conhecimento da realidade social do educando porque aproveita a experiência dessa mesma realidade.Portanto,ensinar exige criticidade.Não é possível pensar os seres humanos longe,sequer,da ética,quando mais fora dela.Logo transgredir a ética é transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico. Portanto, pensar certo é fazer certo. Ensinar exige estética e ética
O professor que realmente ensina,é aquele que busca a segurança na argumentação. Ensinar exige risco,aceitação do novo e a rejeição a qualquer forma de discriminação. Ensinar exige a corporeificação das palavra pelo exemplo.A pratica docencente critica,envolve o movimento dinâmico,dialético,entre o fazer e o pensar sobre o fazer.A formação permanente do professor é o da reflexão critica sobre a pratica. Ensinar exige reflexão crítica sobre a pratica
Nenhuma formação decente verdadeira pode fazer-se alheia,de um lado,do exercicío da criatividade que implica a promoção da curiosidade ingênua á curiosidade epistemológica,e do outro,sem o reconhecimento do valor das emoçoes,da sensibilidade,da afetividade da intuição ou advinhação. Ensinar exige reconhecimento e a assunção da identidade cultural
Ensinar não é transferir conhecimento
Saber ensinar não é transferir conhecimento ,mas assumir uma postura diante dos outros e com os outros.Se a educação não pode tudo,alguma coisa fundamental a educação pode. Se a educação não é a chave das transformaçoes sociais, não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante.Somente que escuta paciente e criticamente o outro,fala com ele.É imprescindivel portanto que a escola instigue constantemente a curiosidade do educador em vez de “amaciá-la” ou “domesticá-la”.O papel da autoridade democrática não é, transformando a existência humana num “calendário” escolar “tradicional”,marca as lições de vida para as liberdades,mas mesmo quando tem um conteúdo progamático a propor,deixarclaro,com o seu testemunho,que o fundamental no aprendizado do conteúdo é a construçao da respossabilidade da liberdade que se assume
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia : saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.

Texto disertativo: Ensinar exige comprementimento do Educador

José Erivaldo F. Silva



O presente texto discute e analisa, com base na obra de Paulo Freire, o comprometimento de professores face às diferentes necessidades dos alunos, ou seja,enquanto presença o professor não pode ser uma omissão,mas um sujeito de opção. Enfim o presente texto,discute considerações a respeito do significado e da capacidade de analise do professor ,de comparar,de avaliar,de decidir de optar e de romper.



Introdução


Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia chama a ateção para o comprometimento do professor com a pratica educativa.A capacidade de fazer justiça,ou seja, está verdadeiramente comprometido com a verdade. Por isso o ato de educar é sempre um ato de compromisso e aproximação com o aluno. Ou seja, ensinar exige comprometimento.
Nessa perspectiva,diz Paulo Freire: “não é possivel exercer a atividade do magistério como se nada ocorresse conosco” ( Freire, 1996,p.108). Simplesmente não há como fugir de decisões éticas, desde a escolha de conteúdos até o método a ser utilizado ou a forma de relacionamento com os alunos.Nese contexto, as palavras de Paulo Freire são esclarecedoras:
“Não posso ser professor sem me pôr diante do aluno,sem revelar com facilidade ou relutancia minha maneira de ser de pensar politicamente”

Paulo Freire,contudo, chama a atenção para um dos aspecto fundamental. O educador não pode escapar á apreciação do aluno,visto que a maneira como o aluno percebe, tem uma importância capital para o desenpenho do professor.
“Saber que não posso passar despercebido pelo alunos,e que a maneira como me percebam me ajuda ou desajuda no cumprimento de minha tarefa de professor, aumenta em mim os cudados com o meu desempenho”, (Freire , 1996, p.109).Contudo, reafirma ainda a necessidade de não discriminar o aluno,visto que a pecepção que o aluno tem do professor não resulta exclusivamente de como o professor atua,mas como os alunos os entende.
Partindo deste pressuposto,uma das grande preocupação do educador deve ser o seu discurso. O diálogo, como diz o autor, é imprescindível nesta luta por uma educação verdadeira, é um compromisso com o outro, e implica o reconhecimento do outro, e é ele que permite ao educador e educando mostrar-se autenticamente mais transparente mais crítico, cada um defendendo seu ponto de vista, e apresentando outras possibilidades, outras opções, enquanto ensina e/ou enquanto aprende. Em outras palavras, o diálogo é uma relação horizontal.segundo Freire nutre-se de amor, humildade, esperança, fé e confiança. O diálogo é, portanto, uma exigência existencial, que possibilita a comunicação e permite ultrapassar o conhecimento adquirido, vivido. Corroborando com essa afirmação, Paulo Freire, realça a idéia de que:

Quanto mais solidariedade exista entre educador e educando no trato deste espaço,tanto mais possibilidade de aprendizadogem democrática se abrem na escola” (Freire, 1996,p.109) Nesse ponto Paulo Freire chama de reacinário ,o espaço pedagogico,neutro por excelencia em que se “treinaram” os alunos para a prática apolíticas,como se a maneira humana de estar no mundo fosse ou pudese ser uma maneira neutra. O professor que desrespeita a curiosidade do educando, seu gosto estético, sua linguagem, sua sintaxe e prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza entre outras ofensas em prol da ordem em sala de aula, transgride os princípios fundamentais éticos de nossa existência e esta transgressão jamais poderá ser vista ou entendida como virtude, mas como ruptura com a decência. Portanto, diz Freire, Minha capacidade de fazer justiça,de não falhar à verdade. Enfim,conclui ele: ético,por isso mesmo,tem que ser o meu testemunho.


Conclusão

Pedagogia da autonomia é uma obra que condensa os saberes necessários e indispensáveis à uma prática educativa coerente com os padrões éticos que regem a sociedade. Enfim, o grande sonho de Paulo Freire,era o de uma educação aberta, democrática, que estimulasse nos alunos o gosto da pergunta, a paixão do saber, da curiosidade, a alegria de criar e o prazer do risco, para possibilitar, então, a criação. Sem dúvidas, isto exige imaginação; mas, acima de tudo, garra, coragem e ousadia



Bibliografia:

Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O modo de produção capitalista e o papel da educação na visão de Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber



O trabalho, ora apresentado, pretende abordar dentro de um quadro comparativo,como os três pensadores da sociologia clássica Émile Durheim, Karl Marx e Max Weber abordam o modo de produção capitalista, ou seja, como esse três autores questionaram o processo de desenvolvimento socioeconômico ao longo de sua historia.Ou para ser mais preciso: como as idéias desses autores têm influenciado o pensamento da educação na atualidade. É evidente que é difícil estabelecer entender as aproximações e divergência de três teorias tão complexas,sem preocupações de repetir,ou de não repetir,o que muito já disseram.
No entanto, dos três fundadores da Sociologia da Educação, apenas um, Émille Durkheim, possui uma Sociologia da Educação sistematizada em obras especificas desse tema - Nem Karl Marx nem Max Weber dedicaram um texto específico à educação que pudesse dar origem à Sociologia da Educação como vertente da disciplina. Essa ausência não impediu, todavia, que, depois deles, houvesse sociólogos que se fundamentassem nos excertos desses pensadores para estudar o fenômeno educativo.
Se, ao elaborar este trabalho, alguma vez parei,para consultar as obras dos verdadeiros mestres, foi somente para me certificar do acerto de uma ou de outra passagem ou da fidelidade das poucas alusões feitas aos seus pensamentos.Só quis dizer o essencial e é possível que nem mesmo o essencial eu tenha dito.Não importa.Trata-se,deveras,deu trabalho compacto,comprimido enfim,será fácil perceber o muito que se deixou de dizer.
Karl Marx
Sociologia critica
Max Weber
Sociologia compreensiva
Modo de produção capitalista
Karl Marx
Sociologia da ordem
A sociedade prevalece sobre o indivíduo,ou seja, ela se sobre-sai sobre o individuo, pois quando este nasce tem de se adaptar às normas já criadas, como leis, costumes, línguas, etc.
O indivíduo, por exemplo, obedece a uma série de leis impostas pela sociedade e não tem o direito de modificá-las. “O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela”
Estabelece o método e o objeto de estudo sociológico: o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. Esses fatos sociais são as regras impostas pela sociedade (as leis, costumes, etc. que são passados de geração a geração). “os fatos sociais devem ser tratados como coisas”, Os fatos sociais são conseqüência da divisão social do trabalho.Os problemas sociais não são de ordem econômica.
Karl Marx
Sociologia critica
A sociedade é desigual por natureza.O homem está inserido em relações contraditórias presentes na conflituosa sociedade.
Os conflitos que permeiam a sociedade resultam do processo de produção onde aqueles que detêm os meios de produção e se impõem através da ideologia.A lei fundamental de uma sociedade está vinculada ao desenvolvimento de suas forças produtivas,que em determinado estagio de desenvolvimento,chega a seu limite e entram em contradição com a relação de produção que as desenvolvem. Para ele, ”a historia de toda sociedade até hoje é a historia da luta de classes” A divisão social do trabalho para Marx é “a totalidade das formas heterogênea de trabalho útil,que diferem em ordem,gênero,espécie e variedade” A divisão do trabalho se estende para além da produção material e exerce uma função de dominação da classe burguesa sobre a classe proletária.
Max Weber
Sociologia compreensiva
Para compreender a sociedade,seria imprescindível compreender a “ação social” do individuo. Para Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais. Estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela ação de outros.A sociedade é fruto das ações dos homens.Os indivíduos são mais importantes que a sociedade. Weber estabeleceu quatro tipos de ação social: 1 – ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado;
2 – ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estada sentimentais;
3 – racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor considerado importante, independentemente do êxito desse valor na realidade;
4 – racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários
Papel da educação e da escola
Durkeim
Para Durkeim o objeto da sociologia é o fato,e a educação é considerada como o fato social,isto é,se impõe coercitivamente como uma norma jurídica ou como uma lei.Para ele cada tipo de sociedade real,histórica,cria e impõe o tipo de educação de que necessita.A educação existe na sociedade dentro da cultura cada sociedade,considerada em momentos determinados de seu desenvolvimento,possui um sistema de educação que se impõe aos indivíduos de modo geralmente irresistíveis. Durkheim sugeria que a ação educativa funcionasse de forma normativa. “a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança estada físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto”.
Karl Marx
A educação para ele é transformadora. Ou seja, educar dentro do processo produtivo para mostra ao homem (ser social) que é ele o criador e responsável pela transformação da sociedade. A sua proposta de educação politécnica compreende três pontos centrais: educação intelectual, educação corporal e educação tecnológica. O primeiro ponto não é detalhado pelo próprio autor. O segundo tem como objetivo atenuar os efeitos mutiladores da produção através de exercícios militares e de ginástica. O terceiro ponto compreende a educação tecnológica que deve abordar os princípios gerais e de caráter científico de todo o processo de produção e, ao mesmo tempo, iniciar as crianças e adolescentes a operar com instrumentos de trabalho dos diversos ramos industriais. “Marx diz que os conteúdos educacionais devem contemplar três dimensões: uma educação mental, uma educação física e uma educação tecnológica”
Max Weber
A educação vai ser responsável para prepara os indivíduos viver em sociedade.Essa é uma educação racional. As reflexões de Weber sobre a educação são compreendidas no âmbito de sua Sociologia Política.A educação e a escola,como instituição do Estado Moderno,passam a ser um fator de estratificação social e não mais educar para o mundo. A relação de poder mais forte é a dos órgãos governamentais sobre a escola A educação é um elemento importante por favorecer o êxito do indivíduo na seleção social. A educação pressupõe uma associação entre os indivíduos, e estes visam a um determinado objetivo.
Historicamente, os dois pólos opostos no campo das finalidades da educação são: despertar o carisma, isto é, qualidades heróicas e dons mágicos, e transmitir o conhecimento especializado.

COMO A EDUCAÇÃO DE HOJE PODE SER VISTA BASEADAS NA OBRA DURKHEIM,WEBER E MARX



No século xx, três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber alicerçaram, e ainda alicerçam, concepções sociológicas contemporâneas. Ambos os pensadores tiveram em comum a busca de soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista; isto é, a miséria, desemprego e as conseqüentes greves e rebeliões operárias. Cada um desses sintomas sociais foi analisado por esses pensadores como desvios ou anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidos ou mesmo solucionados pelo resgate de valores morais – como a solidariedade – os quais restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas,independentemente da classe social a que pertencessem. Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a educação, capaz de adequar devidamente os indivíduos à nova sociedade.Enfim,dentro desse contexto,cabe a seguinte pergunta:
Como as idéias desses autores têm influenciado a educação na atualidade?Ou melhor,como conciliar essas diferentes concepções,sobretudo dos conceitos de alienação em Karl Marx, de anomia social em Émile Durkheim e de racionalização em Max Weber?
Para entender a importância que esses três autores possuem para o pensamento moderno em especial para a educação,é preciso demonstra quais são as questões levantadas por eles que ainda nos ajudam a pensar a realidade do mundo de hoje.
Dos três fundadores da Sociologia da Educação, apenas um, Émille Durkheim, possui uma Sociologia da Educação sistematizada em obras especificas desse tema - Educação e Sociologia; A evolução pedagógica na França e Educação Moral. Nem Karl Marx nem Max Weber dedicaram um texto específico à educação que pudesse dar origem à Sociologia da Educação como vertente da disciplina. Essa ausência não impediu, todavia, que, depois deles, houvesse sociólogos que se fundamentassem nos excertos desses pensadores para estudar o fenômeno educativo.
Para Durkheim, o objeto da sociologia é o fato social, e a educação é considerada como o fato social, isto é, se impõe, coercitivamente, como uma norma jurídica ou como uma lei. Desta maneira a ação educativa permitir uma maior integração do individuo e também permitirá uma forte identificação com o sistema social “...a educação consiste numa socialização metódica da nova geração pelas gerações adultas... [tendo em vista realizar] certo ideal de homem... [que] …é, em certa medida, o mesmo para todos os cidadãos...[pois] ...a sociedade somente poderá viver se entre os seus membros existir uma suficiente homogeneidade”. Portanto, podemos dizer que a educação é um fato social, por ser ela exterior ao individuo, coercitiva e generalizada,impondo normas e integrando os homens em sociedade, buscando com isso o estabelecimento de uma pratica coletiva que amenize o conflito.
Durkheim acredita que a sociedade estabelece os caminhos que cada individuo deve trilhar, no sentido de manter a ordem e buscar o progresso. Nesse contexto, a educação e a escola têm o papel de socializar o indivíduo para que ele se desenvolva dentro dos padrões preestabelecidos o seu grupo social.Nesse contexto, podemos perceber que a visão de Durkheim identifica educação com socialização enquanto ação unilateral dos velhos para os novos e enquanto determinismo do social sobre o individual. Estas formulações podem ser compreendidas no contexto da sua obra e do seu tempo histórico, pois para o autor havia a necessidade de preservar a sociedade contra o individualismo das novas sociedades urbano-industriais, assegurando suficiente coesão e integração social e moral, contra o egoísmo e a anomia, isto é, reproduzir um passado, moralmente mais coeso e integrado, no presente.Enfim,podemos perceber que a leitura que Durkheim faz da sociedade e da função que a educação exerce sobre esses indivíduos é de formar indivíduos que se adaptem á estrutura dessa mesma sociedade e manter a ordem social.
Já para Karl Marx a educação assume uma visão diferente, visto que ele não elaborou uma teoria pedagógica. Toda a concepção de Marx acerca de emancipação humana só pode ser plenamente compreendida através da oposição entre trabalho alienado e trabalho produtivo.Marx estabelece pontos para o entendimento da estrutura da sociedade capitalista, no sentido de transformá-la, pois, segundo ele, essa sociedade capitalista é exploratória e contraditória,o que concretiza e aprofunda as desigualdades entre homens Portanto,ele defende a total ruptura com qualquer ordem burguesa existente.
A atualidade do pensamento de Marx tem sido amplamente discutida nos debates sobre educação e trabalho a partir da concepção de educação politécnica, na qual ele defendeu a integração de uma educação humanista, tecnológica e corporal. Essa educação ele chama de politécnica. A educação para ele é transformadora. Educar dentro do processo produtivo para mostra ao homem (ser social) que é ele o criador e o responsável pela transformação da sociedade. Na leitura de dele a educação é responsável pela construção da sociedade á chamada homnilateralidade, concepção que diz respeito á realização/emancipação do homem através do trabalho.Contudo, Marx defende a tese de que, a partir dos 9 anos, todas as crianças devem se converter em trabalhadores produtivos e que todos os adultos devem trabalhar tanto com o cérebro como com as mãos. As crianças e jovens, de ambos os sexos, deveriam ser divididas em três grupos de acordo com a sua faixa etária: 9 a 12, 13 a 15 e 16 a 17 anos, e deveriam trabalhar 2, 4 e 6 horas respectivamente. A sua proposta de educação politécnica compreende três pontos centrais: educação intelectual, educação corporal e educação tecnológica. O primeiro ponto não é detalhado pelo próprio autor. O segundo tem como objetivo atenuar os efeitos mutiladores da produção através de exercícios militares e de ginástica. O terceiro ponto compreende a educação tecnológica que deve abordar os princípios gerais e de caráter científico de todo o processo de produção e, ao mesmo tempo, iniciar as crianças e adolescentes a operar com instrumentos de trabalho dos diversos ramos industriais. A combinação desses três elementos colocaria a classe operária acima do nível da aristocracia e da burguesia.
Nesse contexto, percebemos que Marx propõe uma sociedade livre das condições de contradição,das classes sociais e da exploração do trabalho.É nesse sentido que a educação é vista como fator de transformação social e ponto central para a construção das novas condições da vida humana.

Finalmente, apresenta-se a contribuição de Max Weber para explicar uma terceira postura de ver os processos sociais. Weber fala do modelo de racionalização do mundo moderno,Para ele a sociedade é racionalizada,ou seja ela é fruto dos conjuntos das ações individuais.Nesse sentido, entende a racionalização como o caminho que orienta a sociedade para o mais alto grau de instrumentalização e burocratização, onde a ética e os valores são determinados pelos fins últimos. Podemos dizer que seu pensamento propicia uma reflexão das diversas formas de agir de cada individuo.Essa interação entre as partes influenciaria a construção de uma realidade social.
Weber não dedicou um artigo e nem um capítulo de livro à educação, embora tenha feito referências esparsas ao tema no decurso de sua produção acadêmica.Todavia,podemos dizer que a educação para Weber,é o modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções dentro da sociedade.Essa educação é uma educação racional. Max Weber afirma categoricamente: “Ao ir a escola você emprega sua racionalidade e leva em consideração a racionalidade dos outros e o modo como ela interfere ou pode vir a interferir em seu próprio comportamento” . Ao ir para escola a criança desenvolve o raciocínio, aprende a opinar, se posicionar, expor idéias, melhorar o seu comportamento até mesmo na família.A educação e a escola,como instituição do Estado Moderno,passam a ser um fator de estratificação social e não mais educar para o mundo.Nesse contexto, Max Weber questiona que a tarefa da Sociologia é interpretar este agir de modo que ele se torne um agir compreensivo, e isso significam, um agir de homens, que se relacionam uns com os outros.Contudo, podemos percebe que a educação para ele não está vinculada como formação integral do homem,mas uma educação como treinamento para habilitar o indivíduo para a realização de determinadas tarefas,a fim de obter poder e dinheiro,dentro dessa sociedade cada vez mais racionalizada,burocratizada e estratificada.
Diferentemente de Durkheim e Marx,Weber persistiu em toda a sua obra numa visão pessimista da sociedade moderna e resignada em ralação aos problemas desta,inclusive os de educação.Separando ciência e política em esferas distintas,Weber defendeu que não cabia ao cientista fazer previsões sobre o rumo dos acontecimentos históricos – essa seria uma tarefa para os profetas.
Enfim, é impossível se colocar á altura dos principais temas e questões do nosso tempo sem entender o pensamento desses três autores Durkheim, Karl Marx e Max Weber para a educação nos dias de hoje. Na verdade, nenhum dele traz formulas prontas,mas cada um a sua modo nos faz refletir sobre educação.